Venho por este meio, na qualidade de filha adotiva e sobrinha de Amélia Vilela Fernandes, manifestar a minha indignação fase à seguinte situação:
No dia 14/07/2020, a minha mãe adotiva e tia, Amélia Vilela Fernandes, que atualmente se encontra hospitalizada no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE- Unidade Hospitalar de Chaves, sofreu um acidente doméstico, o qual lhe provocou lesões de relevo ao nível do segundo, terceiro e quarto dedo da mão direita, tendo nesse mesmo dia recorrido ao serviço de urgência do hospital acima citado, onde foi observada pelo Dr.Francisco Raul e foram suturados os dedos lesados, ficando contudo com indicação médica para regressar no dia seguinte( 15/07) ao mesmo hospital,para ser novamente observada.
No dia 15/07, após observação médica, foi-nos dada indicação que a mesma teria que ser intervencionada pela cirurgia plástica, pois apenas nessa situação se garantiria evolução favorável das lesões, ficou portanto nessa data internada na serviço de cirurgia 1, do já citado hospital, a aguardar vaga, segundo informação médica fornecida na altura, para realização de enxertos pela Especialidade de cirurgia plástica, neste caso no Hospital de S. Pedro, em Vila Real.
Neste momento a utente encontra-se ainda internada no serviço de cirurgia 1, a aguardar intervenção cirúrgica, situação que se prolonga desde o dia 15 do presente mês, o que a meu ver é lamentável pois o atraso na realização de tal procedimento poderá neste momento estar a colocar em causa a viabilidade dos seus dedos, apesar da utente se encontrar com 81 anos de idade, era completamente autónoma, inclusivamente assegurava cuidados ao marido dependente e assegurava a manutenção das suas propriedades agrícolas,quero com isto dizer que não possuía qualquer tipo de limitação que a impedisse de se manter completamente independente e com qualidade de vida, fato que poderá deixar de ocorrer se o atraso no seu tratamento se continuar a arrastar.
Parece-me desta forma completamente inaceitável adiar um procedimento cirúrgico que pretendia resolver uma situação aguda de doença, que neste caso poderá já ter colocado em causa todo o processo de recuperação da doente e deixar danos a utente em termos de mobilidade, autonomia e até imagem corporal.
Entendemos que dado o contexto atual de pandemia possam existir constrangimentos nos serviços hospitalares, contudo julgo inaceitável internar uma utente à mais de uma semana por necessidade em realizar uma intervenção cirúrgica e não existir até às data qualquer previsão para realização da mesma. Concerteza que o atraso neste processo irá atrasar todo o processo de cicatrização e recuperação, pois neste momento até o processo de reabilitação motora está colocado em causa, pois atrasos nestes casos podem colocar em causa todo o processo pós cirúrgico. Sem outro assunto de momento agradeço resposta à minha reclamação e sobretudo agradeço, eu e a utente Amélia Vilela Fernandes,rapidez na resolução desta situação.
Obs.: É vergonhoso esta entidade estatal não estar no livro de reclamações online, para se poder efetuar reclamação por lá. Enfim, é o hospital, entidade de saúde que o concelho atualmente tem.
Data de ocorrência: 23 de julho 2020
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