Realizei reserva através do booking de um quarto twin (Nº452) para o dia 31-12-2021 que incluía pequeno-almoço pelo valor de 112,50€ para duas pessoas. Caso quiséssemos jantar e passo a citar através da app do booking: "Desfrute de um conveniente almoço no alojamento por €14,50por pessoa, por noite. Desfrute de um conveniente jantar no alojamento por €20 por pessoa, por noite", teríamos de pagar esse valor extra, perfeitamente natural, e não existe qualquer referência ou salva-guardas de excepções de épocas/dias festivos em que os preços se alteram.
À chegada, em pleno dia 31-12-2021, realizámos o teste de covid e só depois fizemos o check-in. Demos os nossos dados e perguntámos se teríamos de reservar o jantar naquele instante, ao que o colaborador da recepção disse que sim e informou que a festa de fim de ano já estava esgotada (festa essa que tinha um flyer informativo no interior dos elevadores com o custo de 50€). Eu e o meu namorado dissemos que não estávamos interessados na festa e apenas no jantar que no booking dizia que tinha o custo de 20€ por pessoa, sendo que o colaborador disse-nos que não era esse valor mas sim 40€. Este valor não deveria nunca ter sido cobrado em excesso dado que não existiu nenhum folheto/flyer a dar a indicação deste valor, pois para termos legais, o que prevalece são dados por escrito e não dados informados verbalmente. Ainda para mais, as bebidas também foram pagas à parte, logo o nosso jantar teve um custo de 95€ graças a duas refeições buffet que encareceram, indevidamente, e a uma garrafa de vinho. Segundo consta no site da Deco Proteste este sucedido é ilegal: "Normalmente, os hóteis cobram valores muito elevados por serviços como consumo de bebidas do minibar ou lavandaria. Porém, os preços têm de estar afixados em local visível em cada quarto e no balcão da recepção. O aconselhável é consultar o preçário antes de solicitar qualquer serviço extra. Caso o hotel tente cobrar um valor mais alto do que o afixado, poderá tratar-se de um crime de especulação. Neste caso, o cliente deverá apresentar queixa à ASAE.", tenho a acrescentar que não existia preçário no balcão de recepção, restaurante nem flyers nos quartos ou elevadores como existia da festa de fim de ano com o custo de 50€, como já referi.
No que toca ao quarto em questão, em que uma das comodidades detalhadas (tanto no site do hotel como na app do booking) era o ar condicionado, como qualquer hotel alegado de quatro estrelas que se preze a dispor para os seus hóspedes, ele foi simplesmente inexistente. Ao entrarmos no quarto, mais parecia que estávamos a entrar numa zona de sauna ou banho turco pois o ar abafado que se fazia sentir era quase sufocante. O monitor de ventilação marcava 30graus e apressámo-nos a baixar a temperatura para o mínimo que eram 16graus e ligámos um ícone de ventoinha no monitor para que fosse mais rápido a refrescar, porém nada se alterava, abrimos a janela enquanto estávamos no quarto. Posteriormente, fechámos a janela porque nos ausentámos do quarto para ir então jantar o buffet que não valeu obviamente os 40€ por pessoa. Ao regresso, qual não é o nosso espanto ao constatarmos que se manteve exactamente a mesma temperatura desde a nossa chegada e que nada se alterou. Tratámos novamente de abrir a janela pois era insuportável o calor que se fazia sentir. Eram 4:30h da madrugada, nem eu nem o meu namorado conseguíamos dormir pois estávamos só às voltas na cama com a sauna que se fazia sentir naquele quarto. Fomos até à recepção (e é de salientar que o caminho pelo corredor e escadas até à recepção era todo ele fresco, portanto de onde vem esta frescura que não existe no(s) quarto(s)?) e o colaborador que lá estava, alertou-nos prontamente que não era ar condicionado que tinham mas sim ventilação regulada apenas para quente porque nos encontramos no inverno. Ainda assim, contactou o colega da manutenção para se deslocar ao quarto e, por sua vez, o colaborador da manutenção confirmou o mesmo que o colaborador da recepção, ficando sem margem de manobra limitou-se a desligar a ventilação. Todavia de nada valeu pois continuámos o resto da madrugada sem dormir dado que a ventilação se ligava automaticamente e era barulhenta. Abrimos a janela de novo contudo o ruído exterior dos carros e dos aviões que têm as suas rotas direccionadas para aquela zona não nos deixaram igualmente descansar e o quarto não chegou a arejar.
Na manhã seguinte, dia 01-01-2022, efectuámos o check-out antes do meio-dia e pedi o livro de reclamações para demonstrar todo este nosso desagrado e transtornos causados, e a exigir o reembolso justo de 152,50€ (112,50€ da estadia que não ofereceu conforto nenhum e mais os 40€ referentes aos 20€ extra cobrados por pessoa) sendo que para um hotel alegado de quatro estrelas é inadmissível deixarem os hóspedes privados de sono por condições arcaicas, já para não mencionar que se trata de publicidade enganosa ao estar "ar condicionado" discriminado nas comodidades e foi o que se viu. A chefe de recepção ** deu-me o seu cartão para enviar mais dados por e-mail do sucedido bem como anexos dos print screens da reserva da estadia e tudo quanto eu achasse essencial, e assim fiz justamente nesse mesmo dia 01-01-2022.
Apenas obtive resposta ao e-mail referido acima, no dia 05-01-2022, em que o sub-chefe de recepção * relata toda a conversa em como lamentam o sucedido e que gostariam de nos oferecer 20% na próxima estadia para sermos recompensados e surpreendidos. Ora, claramente que não pretendemos gastar nem mais um cêntimo e muito menos regressar a estas instalações, a única forma de surpreender-nos e recompensar-nos é pela justa indemnização do valor de 152,50€.
Acabei por contactar o Sr. * e este informou-me que no dia 06-01-2022 iriam ter um briefing de modo a discutirem o assunto, e que no final desse mesmo dia me iriam contactar até ao final da tarde e até hoje, dia 10-01-2022 não obtive qualquer resposta.
No dia 07-01-2022, recebi uma carta em resposta à minha reclamação no livro em que lamentavam novamente o sucedido e que, passo a citar: "(...)já foram tomadas as medidas necessárias para que tais situações não voltem a suceder." ao qual respondi "Acuso recepção da vossa carta, em anexo, porém não estou interessada, como devem calcular, se já efectuaram ou não alterações consoante o que se passou no quarto 452 pois volto a frisar que não temos qualquer interesse em regressar às vossas instalações.".
É bastante lamentável a inexistência de um contacto com os hóspedes, após a "dita reunião" que supostamente ocorreu no dia 06-01-2022, que saíram transtornados do que deveria ter sido uma boa noite de sono e um bom começo de ano e dos quais só têm mau feedback sempre que forem questionados acerca da ida a este estabelecimento que em nada revela ter quatro estrelas. Já visitámos instalações sem o dito estrelato e saímos bem mais agradados de lá, sem sombra de dúvidas, inclusive até de móteis.
Apelámos à vossa sensatez para nos efectuarem o reembolso para o NIB que vos facultei e até agora, tudo em vão, já que nem contacto nem reembolso obtivemos até à data. Tenho a mencionar que antes de prestarem serviço numa unidade hoteleira que claramente não é digna de quatro estrelas, também são clientes e quando o serviço que procuram não se encontra nas conformidades pelo qual o procuraram, também iriam exigir o vosso dinheiro de volta. Deste modo, volto a relembrar todos os transtornos causados e que estamos mais do que no nosso direito de sermos indemnizados.
Em anexo, segue comprovante do preço da estadia e do que deveria ter custado o jantar, independentemente se era época festiva ou não, pois não há menção de excepção para tal.
Data de ocorrência: 31 de dezembro 2021
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