Ministério da Educação e da Ciência - Mudança de escola obrigada

Venho por este meio expor uma situação que envolve a minha filha Carolina Nóbrega Matos, que passou agora para o 7º ano de escolaridade.
Com a passagem para o ano seguinte, segue-se a escolha de uma outra língua estrangeira. Como a Carolina tinha Inglês as hipóteses recaíram em Espanhol ou Francês. A Carolina escolheu o espanhol, e para espanto meu a meio do mês de Julho recebi um telefonema da Secretaria do Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva, a informar que aleatoriamente, a Carolina tinha sido seleccionada para integrar uma turma na Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira de Rio Maior, hábito que ao parece já é prática comum ao longo dos anos. O Agrupamento referido e a escola das Marinhas do Sal aleatoriamente, mandam uma turma do 7º ano para a escola secundária.
Bem, como é óbvio, não fiquei satisfeita coma aleatoriedade do processo e verifico que quem escolheu espanhol vai para a secundária.
No final do ano lectivo, recebi um papel a perguntar se estaria disposta que a minha educanda fosse para a secundária e respondi que não. Acho um desperdício de papel e trabalho já que respondi NÃO e ao que parece ela vai na mesma. Porque é que não aproveitaram o papel e o trabalho e diziam que quem escolhesse espanhol teria que ir para a Secundária? Era mais transparente e mais prático e se calhar a escolha da Carolina não seria a mesma.
Estou indignada e não consigo compreender o porquê disto acontecer. A Carolina adora a escola dela e porque é que ela tem de sair? A Carolina tem 11 anos e não penso que retirá-la de perto dos amigos dela que têm a mesma idade seja benéfico,a minha filha não está preparada para mudar de escola outra vez, tendo em conta que mudou no 5º ano e terá de mudar agora também.
Acho que não foi tido em conta o bem estar dela,(e dos outros), e que este sistema de escolha aleatório, que de aleatório não tem nada, já que muda quem escolheu Espanhol, não é digno de transparência. O sistema educativo retirou a hipótese de escolha à Carolina, já que se ela quiser ficar na mesma escola terá que optar por espanhol…isto não é uma escolha. Mais ainda, quando ao que parece isto provêm de um acordo com a Câmara de Rio Maior,(pelo menos foi o que me foi dito).
Mas que acordo? Retiram a escolha de uma criança por um acordo? Se é pelos professores que estão efectivos na escola secundária e não têm alunos para leccionar, então torna-se mais fácil mudar UM professor do que DUAS TURMAS de alunos, que vêm condicionada a sua hipótese de escolha para só e apenas os professores continuarem, sem se deslocar 100 metros para a escola ao lado, (sim uma escola é ao lado da outra).
Posto isto, venho manifestar todo o desagrado por esta situação toda e quero que me fundamentem com leis, o porquê disto acontecer, e o porquê de em 2017 ainda existirem acordos de cavalheiros, (chamemos-lhe assim), entre escolas públicas e outros organismos. Mais informo, que ainda não efectivei a matrícula da Carolina em lado nenhum e assim continuará até ter uma resposta, e também não autorizei a mudança de escola dela.