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Oralklass - Reclamação

Sem resolução
Celeste Pinto
Celeste Pinto apresentou a reclamação
3 de setembro 2018

Boa tarde

Este foi o meu primeiro email dirigido à Clinica Dentária:

- No dia 5 de dezembro/2017, desloquei-me à Clinica Oralklass em Santa Catarina no Porto, fui consultada pela Dr.ª. Clara (já minha médica dentista). Queixei-me de uma dor de dentes e chegou se à conclusão que deveria de tirar o dente.

Foi retirado o dente, e na semana seguinte voltei a ser consultada pela Dr.ª. Clara para verificar como estava a decorrer a situação. Após algumas queixas a Drª. Clara informou que era normal devido ter tirado o dente à pouco tempo (não paguei consulta nesse dia).

Como continuei com as mesmas queixas dirigi-me novamente ao consultório no dia 18/03/2018. Voltou a dizer que era normal. Nesse dia efetuou a "Remoção de Pigmentação dentário com jato de bicarbonato".

No dia 15/05/2018 voltei ao consultório com as mesmas queixas, ao que a Dr.ª. Clara já não achou normal e fez algumas radiografias, como não conseguiu verificar qual o problema (dito por ela)mandou-me fazer um TAC, de preferência deveria de ser realizado na Clinica - Krug De Noronha - Porto. Assim o fiz.

Depois de obter o resultado fui novamente ao consultório falar com a Dr.ª. Clara já com o resultado do TAC, ao que me informou que efetivamente tinha uma enorme rinite inflamatória e já tinha falado com o diretor da referida clinica. Começando por dizer que o problema tanto poderia ser dentário como otorrino (dizendo que era uma situação difícil de constatar qual o motivo que fez desencadear a inflamação, referindo mesmo "não sabemos quem nasceu primeiro se foi o ovo ou a galinha").

Já depois de falar com o diretor da clinica, a Drª. Clara sugeriu-me ir a uma consulta de especialidade de otorrino e se disponibilizou a acompanhar-me.

Na consulta de otorrino foi me transmitido pelo especialista que estamos perante uma situação de rinite inflamatória grave, bem como rompimento do osso (que esse rompimento foi devido à extração do dente).

Voltei a fazer nova TAC com contraste depois de um primeiro tratamento para a inflamação, sem melhoria o otorrino informou que o que despoletou a referida inflamação foi a extração do dente e consequente quebra do osso, sendo que a única forma de solucionar esta situação será cirurgia retirando a inflamação e enxerto do osso da gengiva para não existir mais contacto com o canal sinusal.

Assim e dado que já passaram mais de 6 meses desde a extração do dente, verificou-se que a situação clinica se agravou sendo imprescindível a referida cirurgia, no valo de +- 700,00€.

Assim solicito a vossa melhor atenção e colaboração no sentido de aferir responsabilidades e tentarmos chegar a um acordo para a resolução da situação referida.
Tenho na minha posse os exames efetuados tanto na vossa clinica como no otorrino bem como orçamento da cirurgia já com acordo da ADSE, que poderei disponibilizar.

Fui contactada pela Drª. Clara via email, a solicitar os exames que realizei junto do Otorrino, ao que eu enviei prontamente.

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Fui novamente contactada pela Drª. Clara que me enviou este email:

Antes de mais, devo dizer-lhe que compreendemos a urgência que demonstrou na brevidade da nossa resposta, porém a coincidência da minha ausência bem como a de alguns elementos do corpo clínico indispensáveis à análise da presente situação, tornou impossível uma apresentação ainda mais célere da presente resposta.

Analisemos então a situação em apreciação:
1. Logo na primeira consulta (18/03/2017) a Celeste manifestou desconforto associado a primeiro molar direito (designado como 16). Na altura foi detectada discreta drenagem purulenta pelo sulco gengival, mas como estava vital (ou seja vivo) presumiu-se que este evento teria origem gengival relacionada com a grande acumulação de tártaro que o dente apresentava. Foi feita destartarização e este dente ficou sob vigilância.
2. Regressou à consulta no dia 5/12/2017 referindo desconforto no mesmo dente. Observou-se persistência da drenagem purulenta pelo sulco gengival, palpação vestibular dolorosa (ou seja, dor ao palpar a gengiva pelo lado que está junto à bochecha), percussão dolorosa (ou seja, dor quando se bate no dente) e teste de vitalidade positivo e muito exuberante (ou seja, estava vivo porque reagiu com forte sensibilidade ao frio). Foi-lhe explicada a presença de sinais e sintomas que apontavam para a presença de uma infecção, mas que a mesma não teria origem no interior do dente, já que ele estava vivo. Que se poderia tentar uma desvitalização, mas que não poderíamos garantir que a mesma resolvesse os sintomas, uma vez que os mesmo teriam provavelmente uma origem periodontal (ou seja nos tecidos de suporte do dente). Perante a incerteza de prognóstico da endodontia, a Celeste preferiu avançar para a exodontia do dente. A mesma decorreu dentro na normalidade, até porque o dente já apresentava alguma mobilidade. Com o dente extraído detectaram-se pequenos fragmentos ósseos aderidos à raiz do dente. Da inspeção habitual do alvéolo (leito ósseo onde se alojam as raízes) surgiu a suspeita de comunicação orosinusal que foi prontamente confirmada e tomadas todas as medidas preconizadas para a resolução desta situação: colocação de esponja hemostática, sutura em cruz, medicação com antibiótico e dadas indicações dos cuidados pós-operatórios gerais e específicos das comunicações orosinusais. Toda esta informação foi-lhe exposta no dia da exodontia.
3. Volvida 1 semana foi feita consulta de controlo e remoção da sutura. Ainda tinha alguns sintomas, a cicatrização estava a decorrer normalmente. Por este motivo reagendamos para a semana seguinte para ir monitorizando evolução. Dia 19 de Dezembro a cicatrização continuava a dar-se de forma regular e os sintomas a melhorarem.
4. Regressou dia 16/01/2018, altura em que foi feita a destartarização e na qual a cicatrização da mucosa continuava num curso normal, referiu ter pontualmente uma sensação estranha, mas bem melhor. Combinou-se que regressaria depois do Carnaval.
5. Passados cerca de 4 meses, dia 15/05/2018, recorreu à consulta por agravamento dos sintomas sinusais. De facto, esta situação gerou-me estranheza imediata, por não ser normal uma persistência de tais sintomas volvido tanto tempo. Sugeri então que se fizesse uma TAC para despistar o que parecia ser uma persistência da comunicação orosinusal. No exame clínico detectou-se uma solução de continuidade da mucosa, quase imperceptível, de dimensões muito reduzidas (diâmetro inferir a 1mm).
6. Dia 29/05/2018 voltámos a encontrar-nos para falar do resultado da TAC, que confirmava a persistência da comunicação orosinusal. Fiquei de reportar a situação à direcção clínica para procurar-mos a melhor solução para esta situação. Julgou-se mais acertado encaminhar para otorrino.

Depois de rever a cronologia dos acontecimentos seguem-se alguns esclarecimentos de ordem anatómica, clínica e técnica:
1. Uma elevadíssima percentagem de pré-molares e molares superiores têm os ápices (isto é, pontas das raízes) em íntima relação com a membrana do seio maxilar, o que torna a ocorrência de uma comunicação orosinusal um evento possível, numa exodontia realizada com todos os preceitos cirúrgicos;
2. Os molares superiores apresentam três raízes, sendo que duas estão orientadas para vestibular (ou seja, para a bochecha) e 1 delas para palatino (ou seja, para o palato, vulgarmente designado por “céu da boca”). O afastamento destas raízes entre si, faz com que em determinados pontos, sobretudo por vestibular, as raízes estejam recobertas apenas por “finas películas” de osso ou até mesmo sem osso a recobri-las, estando em contacto directo com a gengiva. Por este motivo é relativamente frequente que um dente extraído apresente na sua superfície radicular pequenos fragmentos de osso.
A informação que lhe foi dada pelo otorrino, de que ocorreu uma comunicação orosinusal em consequência da exodontia do dente 16, não é alheia a nenhuma de nós desde dia 5/12/2017. A mesma foi prontamente diagnosticada, tomaram-se todas as medidas preconizadas para este tipo de situações e a Celeste foi informada logo nesse dia da ocorrência da referida comunicação, e a sua evolução estava a ser monitorizada (enquanto fui acompanhando até meados de janeiro, os sintomas estavam a melhorar, não tendo até essa altura levantado nenhuma suspeita que que a comunicação fosse persistir). Nenhum procedimento é isento de riscos e este é um evento que, como tantos outros, embora não desejado, pode ocorrer mesmo empregando corretamente todas as técnicas cirúrgicas, como estou segura que empreguei.
Na sua exposição, a Celeste relatou e bem que na consulta na qual já tínhamos o resultado da TAC, referi que ficaria a dúvida do que surgiu primeiro: o ovo ou a galinha? Efectivamente, mantemos a convicção que deveria existir uma condição sinusal prévia, eventualmente não diagnosticada, mas que apenas isso no nosso entender justificaria a persistência da comunicação.
Reconhecemos que não se encontra numa situação agradável, que vai ter que ser submetida a uma cirurgia, situação que lamentamos.
No que diz respeito aos custos da cirurgia, pela convicção de que foi empregue uma técnica cirúrgica adequada e que não tinha como prever o actual desfecho, não consideramos que os custos da referida cirurgia nos sejam imputáveis. Todavia, se persistir na intenção de ser ressarcida dos mesmos, mostramo-nos disponíveis para encaminhar a situação para apreciação pelo seguro, a quem compete o ajuizamento e ressarcimento dos custos da cirurgia, se for caso disso.
Estou disponível para qualquer esclarecimento adicional e ficamos então a aguardar uma resposta sua.

Até breve,
Clara Correia

Minha resposta para a Drª. Clara:
Solicito que enviei o processo para a seguradora.
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Resposta da Drª. Clara:
Boa tarde Celeste,

Peço desculpa por não ter dado notícias mais cedo, mas tive o meu filho doente e não consegui fazer face aos assuntos pendentes.

Ainda tentei algumas vezes contactar a seguradora, sem sucesso.

Hoje tive oportunidade de persistir um pouco mais ao telefone e consegui saber o número do processo, que agora lhe envio (18ARC0000420).
Voltaram a dizer que retornariam o contacto.

Gostaria de ter alguma informação mais concreta para lhe fornecer, mas para já é o que tenho.

Beijinhos e até breve,
Clara



Como ainda não fui contactada pela seguradora até à data. Informo que já intervencionada e todos os custos da cirurgia ficaram, a meu cargo.


Solicito a melhor ajuda possível, dado que estou sem saber de nada.


Cumprimentos.

Data de ocorrência: 3 de setembro 2018
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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