Fui operado ao joelho esquerdo no dia 29 de novembro de 2013, no Hospital de Santa Maria do Porto, pelo Dr Miguel Trigueiros, por intermédio da seguradora a que estão abrangidos os jogadores da AFPD.
Depois da cirurgia não mais fui visto pelo cirurgião, por uma questão de plafond, pois a viagem de Ponta Delgada ao Porto é cara, e aí surge o primeiro ponto.
Atravessei problemas durante a recuperação, para os quais os médicos/fisioterapeutas indicados pelo seguro, que me seguiam em Ponta Delgada, não tinham respostas. Em janeiro de 2014, o Dr. António Raposo, médico fisiatra designado pelo seguro para me acompanhar em Ponta Delgada, solicitou consulta médica com o cirurgião, facto que foi ignorado pela seguradora que, por sua vez, marcou uma consulta para outro médico, na ilha de São Miguel. Esse médico detetou mais uma vez os mesmos problemas e indicou que o caso deveria ser visto pelo cirurgião sendo também necessária a realização de uma ressonância magnética. Um mês depois realizei a ressonância magnética, mas mais uma vez a indicação para consulta com o cirurgião foi ignorada.
Depois de ter o resultado da ressonância magnética contactei a seguradora com vista a marcar consulta. No entanto fui informado de que o meu exame já tinha sido visto por um médico e que a direção já tinha autorizado 20 sessões de fisioterapia. Este procedimento foi visto como estranho tanto para mim como para a clínica por duas razões: não fui consultado ou examinado por nenhum médico e como não havia prescrição médica, a clínica nem sabia a que tratamentos se referiam as 20 sessões de fisioterapia.
Fui então visto novamente pelo Dr António Raposo, que fazendo o exame físico e analisando a ressonância magnética, manteve a indicação de consulta pelo cirurgião e possivelmente nova operação. O médico referiu novamente que todo o tratamento de fisioterapia seria inútil na resolução do meu caso, indicação essa que foi, mais uma vez, ignorada pela seguradora.
Cheguei a um limite, físico e psicológico, e não posso esperar mais. Estou há 8 meses às voltas com este assunto. Sinto-me profundamente prejudicado e tenho a carreira em risco. O futebol é a minha principal atividade, preciso do meu corpo para trabalhar e encontro-me numa situação de clara negligência.
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