Exmos. Srs.,
Em dezembro de 2018 adquirimos bilhetes de avião para 2 pessoas com destino à Tailândia, a realizar em junho de 2019 através da agência Abreu. Comprámos em conjunto com os bilhetes, o seguro de cancelamento de viagem da seguradora RNA (pagámos 2 seguros, um por pessoa), pois pela leitura da apólice deu a sensação que seria bastante completa e ficaríamos protegidos em caso de algum evento indesejado.
Em março de 2019, fruto de diversos acontecimentos fortuitos e inesperados, decidimos cancelar a viagem junto da agência Abreu e accionar o referido seguro da RNA para o montante que não foi possível de recuperar pela agência.
Desde essa data até outubro de 2019 que, não obstante os diversos motivos e documentos de suporte apresentados à seguradora RNA, a mesma recusa-se a indemnizar-nos deste evento.
De entre os motivos apresentados, destacamos:
- Gravidez não planeada, na qual após consultas aos médicos fomos recomendados a não realizar a viagem, não só pelos riscos de saúde associados, como pelas condições de saúde e higiene no local de destino. Todos estes motivos foram rejeitados pela seguradora RNA. De notar que apresentamos pareceres escritos de 2 médicos diferentes (e de unidades de saúde diferentes) a não recomendar a viagem pelos motivos acima elencados, como ainda apresentámos baixa por gravidez de risco emitida por um terceiro médico, também não aceite pela seguradora RNA como motivo para cancelar a viagem;
- A chamada a novo emprego, que pela nossa leitura da apólice era um motivo coberto e que a seguradora RNA recusou;
- A mudança de instalações da empresa para outro concelho, que pela leitura da apólice era motivo coberto, ao qual a seguradora RNA recusou, por alegada insuficiência de informação prestada e solicitando informação que não é facilmente obtida, não obstante ter-se colocado à disposição da seguradora ir visitar as antigas e novas instalações e concluir em qual delas é que a empresa se encontra instalada;
- O facto da empresa não ter concedido férias no período da viagem, que também era um motivo coberto pela apólice, mas que mais uma vez a seguradora RNA recusou;
Ora, perante este vasto leque de motivos, consideramos que fomos "enganados" na contratação da apólice, pois a leitura da mesma dá a entender uma abrangência muito grande da apólice e cobertura de diversas situações que permitem o reembolso da viagem, que na prática não resultam, pois existem entrelinhas que o consumidor médio não percebe ou não estão claras aquando o momento da contratação.
Como consequência, vemo-nos no prejuízo de €532,40 ao qual acresce as horas perdidas na obtenção de informação e troca de comunicações com a seguradora. Estamos dispostos a dar este assunto por encerrado mediante a liquidação dos €532,40 que perdemos na viagem.
Solicito ainda que as apólices de cancelamento de seguro de viagem sejam devidamente documentadas, nomeadamente nas coberturas e nas condicionantes para o seu accionamento, alertando de forma clara os consumidores antes da sua aquisição.
Cumprimentos,
Ana Oliveira
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 17 de outubro 2019
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