BP - Motociclos em pré-pagamento

Hoje, dia 06/08/2019 às 08h15 dirigi-me ao posto da BP sentido Fernão Ferro - Lisboa como faço todas as semanas 2x por semana para atestar a minha mota desde há 2 anos e por certo até hoje.
Ao chegar à bomba penso que seja a numero 3, que está encostada ao local onde se encontram os funcionários, tentei atestar a minha mota, sem sucesso, fiz sinal ao funcionário para me libertar a bomba para que eu pudesse abastecer, fez-me um sinal com a mão que não entendi mas pensei que fosse para retirar o capacete, aceitei, retirei o capacete e tentei abastecer novamente, contudo mais uma vez s/ sucesso.
Dirigi-me ao interior do posto e pedi que me desbloqueasse a bomba para eu atestar, o qual respondeu, é pré-pagamento está lá escrito, eu voltei a informar, é para atestar. O funcionário, Sr. Daniel não quis saber.
Retirei a carteira do bolso, dei-lhe o cartão multibanco, dei-lhe o cartão de cidadão, disse-lhe que deixava em cima do balcão todos os meus pertences para garantir que não fugia, disse que não podia ficar com nada e que era pré-pagamento, estava uma sra. atrás de mim que questionou se o Sr. Daniel podia desbloquear a bomba para que ela atestasse o carro, ao que prontamente o Sr. Daniel respondeu que sim e assim o fez.
Pedi-lhe mais uma vez que desbloqueasse a bomba o que entendeu não o fazer. Acabei por fazer pré-pagamento de 10€ não tendo atestado o deposito conforme era o meu desejo.
Posto isto e tendo assistido à prontidão com que o Sr. Daniel desbloqueou a bomba à Sra. e a mim não porque eu estava de mota e podia fugir dando um prejuízo de cerca de 15€ ao Sr. Daniel, mas a Sra. fugir e dar um prejuízo de 70€/80 ou 100€ não era problema, ou então a sra. tinha um ar de pessoa honesta e eu não.
Senti nesse momento que não estavam a ser respeitados os m/ direitos constitucionais, nomeadamente os consagrados nos art. 13º (Principio da igualdade) “…Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções politicas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual…”; art. 26º (Outros direitos pessoais) “… A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à proteção legal contra quaisquer formas de discriminação…”
Entendo que a função do Sr. Daniel seja cumprir ordens contudo considero que os pagamentos automáticos que existem nas bombas são mais competentes, porque quando lhe digo que vou lá todas as semanas e que até hoje em 14 anos que ando de mota nunca se recusaram a deixar-me abastecer ele responde-me com todo o orgulho, “Pois mas comigo é assim que funciona” parabéns, certamente é o único funcionário competente.
Tal como nem todos os funcionários são maus funcionários, também nem todos os motociclistas são criminosos, ao Sr. Daniel apenas lhe peço que siga o exemplo dos colegas, que a sua função não seja somente ditar as regras aos clientes mas sim, atendê-los.