Tenho a minha mãe internada desde o dia 26 de Julho, após uma sessão de quimioterapia que teve que ser interrompida, pois o nível de oxigenação do sangue era baixa e segundo os Médicos "o coração estava fraco".
No dia 28 de Julho, sexta-feira, efetuou mais exames de diagnóstico, que concluíram que tinha retenção de liquido à volta do coração e, que teria que fazer uma cirurgia para fazer a drenagem do mesmo. Cirurgia essa que deveria ocorrer no mesmo dia. Que não chegou a acontecer pois iria entrar no fim-de-semana e não teria os cuidados necessários, sendo assim adiada para segunda-feira, mas assegurando que, durante o fim de semana, havendo algum agravamento do estado, seria operada de urgência.
Chegou a segunda-feira, greve, e não houve cirurgia. Chegou a terça-feira, greve, e não houve cirurgia. Vamos a caminho do terceiro dia de jejum e greve! O desfecho é quase certo!
Falamos de uma doente com Cancro paliativo estagio IV, em início de tratamento, 45kg, a caminho do terceiro dia de jejum e sem direito a soro sequer! Sem direito a soro e sem direito a uma palavra, uma justificação de um Médico.
Jogam à roleta russa e brincam com as vidas das pessoas. Não existe empatia nem cuidado!
De louvar o trabalho das(os) enfermeiras(os) da Ala de Paliativos, que têm sido incansáveis. A eles o meu maior agradecimento por todo o trabalho, cuidado e empatia.
Data de ocorrência: 1 de agosto 2023
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