MEO - Incompetência/ atendimento execrável

Dirigi-me hoje a uma loja Meo porque o meu filho me pediu, vejam lá, um cartão moche (não sabia
o que era).
Com pouca paciência para fazer a tarefa via internet, resolvi deslocar-me à loja MEO do Norteshopping.
Penso que quem trabalha nestas lojas deveria valorizar pessoas como eu que, apesar da formação digital, aprecio o contacto humano, contribuindo assim para que muitos jovens de um país depauperado e de oportunidades exíguas possam trabalhar.
O atendimento inicial foi razoável, não obstante um conjunto de informações erradas que, quando corrigidas, eram acompanhadas por um pedido de desculpas. Aceitável.

Pelo permeio, uma interpelação - cumprindo o seu papel - se era cliente MEO. Ao que respondi negativamente com uma breve justificação de aumentos de preços opacos e abusivos. Tudo o que abomino porque, também por formação, sei o que são EBITDAS de 40% sobre vendas (em cada 1 € de vendas, 40 cêntimos são lucros de exploração! Sim é para levar à letra!), fabulosos números que Altice e Nos atingem à custa de um povo esmifrado, abusado, desinformado, sem capacidade de reivindicação, desprotegido por um estado (sim com letra pequena) corrupto. Um povo que paga a energia e as comunicações mais caras da Europa:
"Telecomunicações mais caras em Portugal. Preços caem na Europa
Flávio Nunes
4 Julho 2017
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Os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 0,33% em maio face a abril. Em termos anuais, os preços já aumentaram 2,30%, tendo caído na média da União Europeia."

Um país possível porque feito de elites miseráveis, usurpadoras, feito de instituições corruptas em que os quadros das entidades reguladoras provêm das empresas desreguladas.
Da minha experiência com a Meo na procura de motivos que me ajudassem a perceber aumentos de preços abusivos, guardo muita ignorância, arrogância, presunção, provavelmente má fé ou se calhar apenas incompetência. Ou fazer o que eles me dizem (aqueles que se resguardam na sala do conselho) para manter o meu posto de trabalho. Por isso, quando a MEO, ante a minha denúncia do contrato, me acena com uma proposta fabulosa a minha resposta foi concisa - "Nem que fosse de borla".
Mas o rapaz pediu-me um cartão MOCHE! E pronto este foi o mote para que um enredo técnico tivesse um clímax de novela:
" Não lhe podemos fornecer um cartão moche porque o senhor tem uma dívida de 2012". De início a reacção foi de estupefacção. Rapaz de boas contas, rapaz de aldeia, não acostumado a ser chamado de caloteiro, rebusquei na minha memória cansada a data em que deixei de ser cliente MEO. Dizia eu no meu raciocínio lógico que, tendo deixado de ser cliente MEO em 2015/ 2016, nunca seria possível ter uma dívida de 2012, ainda por cima nunca reclamada. Do mesmo modo, recordava-me das inúmeras chamadas recebidas a propósito do término do meu vínculo com a concorrência. Como pode uma empresa empregar recursos num cliente que afinal não quer! Conclusão: pode, se for incompetente, aquela coisa que referi atrás.
Ao contrário da MEO, os bancos possuem bons sistemas de informação e assim pude constatar que deixei de ser cliente MEO em nov de 2014, tendo sido o último pagamento de 6 € em dez do mesmo ano (muito provavelmente uma factura de acerto). A imprecisão não foi suficiente para pôr em causa o raciocínio.
Rapaz de boas contas perguntei que dívida era essa de 2012. A incapacidade de responder à minha pergunta e a firmeza do não pode ser porque tem uma dívida de 2012 rapidamente transformaram estupefacção em indignação. Reclamando a presença de uma responsável de loja (e livro de reclamações) aparece uma menina que, de tanto ver a aquela publicidade futurista olha o robot, ficou-lhe com os trejeitos e assim, ao invés do contacto humano, passei a desejar ter tratado do assunto por internet. É que na internet quem escolhe a música sou eu!
Foram mais de 15 minutos à espera que me apresentassem uma suposta dívida de 2012.
O degredo de ver duas meninas, em jeito patarata, no computador à procura de uma revel informação rapidamente me fez lembrar de uma expressão proferida amiúde por um tio avô de um indivíduo recentemente na ribalta. E vim embora a pensar em alternativas ao mocho.

Cumprimentos.
P.S. Talvez encontre no José Gomes Ferreira a resposta que desejo à minha reclamação.

Resposta não aceitável